Sabe aqueles filmes natalinos que já assistimos tantas vezes, mas sempre que reprisam, conferimos novamente e nos emocionamos outra vez? Simplesmente Amor é um deles. A diferença é que, ao invés de uma, conta com várias histórias. Cada uma apresentando uma faceta do amor, ou a falta dele.
O novo primeiro-ministro inglês (Hugh Grant) se apaixona por uma funcionária (Martine McCutcheon) recém-contratada para sua equipe; escritor (Colin Firth) se refugia no sul da França para tentar superar a traição da esposa e acaba se envolvendo com uma empregada portuguesa; mulher (Emma Thompson), que parece viver o casamento perfeito passa a desconfiar da fidelidade do marido (Alan Rickman); jovem recém-casada (Keira Knightley) suspeita dos sentimentos do melhor amigo (Andrew Lincoln) do marido (Chiwetel Ejiofor) por ela; viúvo (Lian Neeson) tenta se relacionar com o enteado (Thomas Sangster) que, por sua vez, tenta chamar a atenção de uma colega de escola; americana (Laura Linney) há muito tempo espera pela chance de sair com o colega de trabalho (Rodrigo Santoro), por quem é secreta e perdidamente apaixonada; astro do rock (Bill Nighty), em fim de carreira, tenta o retorno ao show business; jovem (Kris Marshall) sonha ir para os EUA, onde, segundo ele, poderá sair com várias garotas; e rapaz e garota que trabalham como marcadores de cena em filme pornô passam a flertar.
Com um elenco repleto de estrelas, destacando o carismático Hugh Grant, e as presenças sempre marcantes de Laura Linney, Emma Thompson e Colin Firth, além de participações e pontas de Billy Bob Thornton (como presidente norte-americano), do Mr. Bean Rowan Atkinson, das atrizes Denise Richards (Garotas Selvagens) e Elisha Cuthbert (a filha de Jack Bauer na série 24 Horas) e da top model Claudia Schiffer, o filme traz vários clichês de histórias de amor.
A sensação é que já vimos essas situações. Mas e daí? São tantas atuações charmosas, cenas divertidas, trilha sonora contagiante, tiradas de sarro espertas sobre política e a música pop, que é praticamente impossível não embarcar no filme e se deliciar com ele.
Não à toa, a produtora Working Title e o diretor/roteirista Richard Curtis foram responsáveis por alguns dos melhores filmes que misturaram amor, drama e comédia nos últimos, como Quatro Casamentos e um Funeral e Um Lugar Chamado Notting Hill, também estrelados por Hugh Grant.
Uma obra agradável e de bom gosto que pode ser vista facilmente mais de uma vez, não somente no Natal.
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