Após o sucesso do filme O Incrível Hulk (2008) produzido pelo Marvel Studios, os aficionados pelo personagem puderam comemorar o lançamento em DVD no Brasil do antigo seriado televisivo, que fugia um pouco do conceito das histórias em quadrinhos, mas obteve sucesso, sendo inclusive atração em horário nobre aos sábados na Globo.
Essa série foi um dos primeiros sucessos em live action da Marvel fora das histórias em quadrinhos. O Dr. Banner era interpretado Bill Bixby (das séries Meu Querido Marciano e O Mágico). Já o personal trainner e Mr. Universo Lou Ferrigno fazia o gigante esmeralda, coberto por camadas de tinta.
Apesar do orçamento limitado, o produtor Kenneth Johnson (V: A
Batalha Final) tinha o apoio de Stan Lee, um dos criadores do
personagem em 1962 ao lado do grande Jack Kirby.
Mudanças foram feitas em relação ao material original dos gibis. De Bruce
Banner, o cientista passaria a ser David Banner. Stan Lee não escondeu em entrevistas
posteriores que os produtores queriam mudar o nome de Bruce para David porque
não achavam Bruce um nome “másculo”.
Inicialmente
foi produzido um longa-metragem chamado O Incrível
Hulk – Como a Fera Nasceu, dirigido por Kennety Johnson e contando a origem do Hulk, que
estreou no início de 1977.
Banner está trabalhando no laboratório quando acontece um acidente que
acabou matando seu assistente. Contaminado pelos raios gama, se
transforma no personagem título, e acaba “flagrado” pelo jornalista Jack McGee
(Jack Colvin), que passa a persegui-lo, visando “descobrir” Hulk. Inspirado no
seriado O Fugitivo, Bruce torna-se um foragido da justiça.
Com a boa
recepção do longa, foi encomendada uma continuação chamada Morte em
Família, que estreou na segunda metade do mesmo ano, e que serviria
para confirmar a aceitação do formato e avaliar custos de produção para um
possível seriado.
A partir daí
foi realizada a série que teve cinco temporadas e mais de 80 episódios.
Os roteiros eram sempre os mesmos: fugindo de McGee, o cientista Dr.
Banner mudava de nome, cidade e encontrava alguém com problemas. Algo o deixava
nervoso e ele se transformava no Hulk.
No final de cada episódio, era tocada a memorável e melancólica música
instrumental, e Banner vagava solitário e sem rumo pelas estradas americanas,
pedindo carona.
O sucesso do
seriado foi tanto, que em 1979 o Hulk da TV ganhou um filme para o cinema
chamado O Casamento do Incrível Hulk, que posteriormente foi
dividido em duas parte e exibido na TV como episódio duplo de abertura da
segunda temporada
A produção tomava cuidado para deixar a magia no ar. Bill Bixby evitava
ser fotografado ao lado de Lou Ferrigno utilizando a maquiagem de Hulk. Sentia
que, se as imagens os mostrassem juntos, destruiriam a ilusão de crianças e fãs
do programa. Tabloides da época estavam sempre tentando flagrá-los reunidos e
não conseguiram.
A série recebeu um Emmy, o Oscar televisivo, de melhor atriz em série
dramática, para Mariette Hartley, pelo episódio Married.
Após o encerramento do programa televisivo foram produzidos três
telefilmes – O Retorno do Incrível Hulk, de 1988, no
qual o protagonista enfrenta um Thor bem diferente das HQs. O Julgamento
do Incrível Hulk, de 1989, colocava Hulk junto ao Demolidor, que
diferente dos quadrinhos, se vestia de preto e mais parecia um ninja, sem contar o nome dado na versão, "Audacioso",
que pouco ou nada tem a ver com o homem-sem-medo. Demolidor foi interpretado
por Rex Smith, da série Moto Laser.
E A Morte do Incrível Hulk, de 1990, fechou o ciclo.
Os dois últimos foram dirigidos pelo próprio Bill Bixby.
Estes telefilmes apresentaram crossovers em live action de personagens
Marvel bem antes do surgimento do MCU.
E por pouco não houve o encontro do Gigante Esmeraldo com o Escalador de
Paredes.
Em 1984, Bill Bixby ofereceu a Nicholas Hammond (A Noviça Rebelde)
a chance de reprisar seu papel na série Homem-Aranha (1977)
um encontro entre os heróis numa produção distribuída pela Universal Pictures e
Columbia Pictures.
Hammond topou a empreitada, mas a Universal Studios deu pra trás,
alegando que Lou Ferrigno estava indisponível. Por outro lado, Ferrigno afirmou
que nunca foi contatado e não tinha conhecimento do projeto até trabalhar em
sua autobiografia em 2003.
A série O Incrível Hulk ganharia status cult.
Ferrigno apareceu nas adaptações cinematográficas do herói da Marvel e o filme
de 2008 homenageou escancaradamente o seriado, utilizando o tema musical,
fazendo referência a Bill Bixby e mostrando o protagonista Edward Norton (fã
declarado da série) fugindo de país em país. Após o lançamento de O Incrível
Hulk (2008) produzido pelo Marvel Studios, os aficionados pelo
personagem puderam comemorar o lançamento em DVD no Brasil do antigo seriado
televisivo.
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