Em um mundo onde os padrões da sociedade tentam nos moldar, Tropa Zero, de 2019, dirigido pela dupla britânica radicada em Los Angeles Bert & Bertie, brilha ao nos lembrar da importância de sermos autênticos e fiéis a quem realmente somos.
É daqueles filmes que nos perguntamos: por que as pessoas não estão falando, muito, sobre ele? Eu só o descobri pela presença de Viola Davis, pois vejo tudo o que essa artista maravilhosa faz.
A história, ambientada numa cidadezinha interiorana dos EUA nos anos 1970, gira em torno de Christmas, garotinha determinada a se juntar à tropa de escoteiros, desafiando as expectativas impostas pela sociedade que a vê como 'diferente'.
Filha de um advogado que a cria sozinho, atende de graça toda a vizinhança e não consegue vencer, ela encontra apoio e inspiração na personagem de Viola Davis, a ajudante de seu pai no "escritório" de advocacia.
Christmas reúne um time de crianças desajustadas, cada qual com um estilo e uma história bem diferente. A equipe que vencer a gincana poderá gravar uma mensagem que será enviada ao espaço sideral.
Refletimos sobre como somos percebidos a partir da jornada da garotinha que anseia ser ouvida e compreendida em um universo que muitas vezes parece indiferente.
"Eu estou aqui!" é a fala que resume essa mensagem.
Bullying, amizades, sociedade de aparências, PCD e o verdadeiro significado de família são temas presentes.
Mckenna Grace, a protagonista, é uma revelação. Depois estrelaria os dois últimos Caça Fantasmas. Tem tudo para virar estrela das melhores. Allison Janney é a vilã megera.
Tropa Zero é um lembrete poderoso de que a verdadeira força reside em abraçar nossa singularidade e, como cereja do bolo, tem belas canções, de Elvis e Chuck Berry, David Bowie a Aretha Franklin. Estes dois últimos, artistas que também nunca se encaixaram no status quo.
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