A história de Lauren Bacall (1924-2014)

 


Lauren Bacall nasceu Betty Joan Perske em 16 de setembro de 1924, no Bronx, Nova York. Filha de pais judeus de origem europeia, cresceu em um ambiente modesto, imerso na diversidade e na vivacidade da vida urbana da Big Apple. Desde jovem, demonstrou grande interesse pelo teatro e pela atuação, e esse amor pelo palco a levou a estudar na American Academy of Dramatic Arts. Ao mesmo tempo, trabalhou como modelo para ajudar a sustentar a família, aparecendo em campanhas publicitárias e revistas.


A carreira de Bacall no cinema começou a se delinear quando, em 1944, Howard Hawks, renomado produtor e diretor, a descobriu em uma revista de moda. Intrigado por sua beleza e presença marcante, o cineasta a convidou para fazer um teste para o filme "Uma Aventura na Martinica" ("To Have and Have Not", 1944). Bacall, então com 19 anos, fez uma estreia impressionante ao lado de Humphrey Bogart. A química instantânea entre os dois e o estilo distinto da artista, com seu famoso “sussurro” e olhar penetrante, capturaram a imaginação do público e da crítica.

Esta estreia avassaladora nas telonas estabeleceu uma parceria romântica e profissional com Bogart. A dupla casou-se em 1945, e a colaboração em filmes como "À Beira do Abismo" ("The Big Sleep", 1946), "Prisioneiro do Passado" ("Dark Passage", 1947) e "Paixões em Fúria" ("Key Largo", 1948) solidificou suas posições de ícones hollywoodianos. A química entre Bacall e Bogart era intensa, e os papéis juntos muitas vezes exploravam a complexidade e o mistério, refletindo o próprio magnetismo da atriz.



Durante a década de 1950, a estrela diversificou sua carreira, alternando entre o cinema e o teatro. Protagonizou comédias e dramas. "Como Agarrar um Milionário" ("How to Marry a Millionaire", 1953), quando dividiu os holofotes com Marilyn Monroe, foi grande sucesso, e "A Mulher do Século" ("Woman's World", 1954) consolidou o status de diva. Em 1970, Bacall também retornou ao palco da Broadway, onde se destacou em produções tipo "Applause", que lhe rendeu um prêmio Tony, o Oscar do teatro.

Os anos 1960 trouxeram mudanças na indústria cinematográfica, e Bacall enfrentou desafios em encontrar papéis significativos. Apesar disso, continuou a trabalhar no teatro e na televisão, aparecendo em diversas produções e mantendo-se relevante. Seu trabalho na telinha, incluindo aparições em séries e telefilmes, demonstrou adaptabilidade e habilidade em diversos formatos de mídia.

Assassinato no Expresso Oriente. 

O retorno de Bacall ao cinema nos anos 1970 se deu em "Assassinato no Expresso do Oriente" ("Murder on the Orient Express", 1974). Sua atuação foi amplamente elogiada, reafirmando que a carreira da atriz estava longe de ser um mero reflexo do passado. Este período viu uma reavaliação crítica de seu trabalho, consolidando-a sua como uma das maiores atrizes de sua geração.

Nos anos 1990, Bacall experimentou um renascimento na carreira cinematográfica, especialmente com sua atuação em "O Espelho Tem Duas Faces" ("The Mirror Has Two Faces", 1996). Ao interpretar a mãe da personagem de Barbra Streisand, foi amplamente elogiada e indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Esta personagem apresentou Bacall a uma nova geração de espectadores.

Globo de Ouro. 

Em 1993, recebeu o prêmio pelo conjunto da obra no Globo de Ouro, um reconhecimento tardio, mas merecido, por sua contribuição ao entretenimento ao longo das décadas.

Foi homenageada com um Oscar Honorário em 2009.

Oscar. 

Lauren Bacall faleceu em 12 de agosto de 2014, devido a um derrame cerebral. Sua morte foi um luto universal, com tributos e homenagens de admiradores e colegas de profissão.







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