De My Fair Lady a Mary Poppins: Como Julie Andrews Transformou a Rejeição em um Oscar



Olá meus queridos amigos que curtem cinema. Aqui é o Waldemar Lopes. E tenho uma história incrível para vocês. Tipo um conto de fadas...como Cinderella!

É a história da estreia no cinema de Julie Andrews – ela mesma foi a Cinderella  original de Rodgers & Hammerstein  na TV dos Estados Unidos em 1957.

Mas a estreia de Julie é incrível, tem todos os elementos de Cinderella. Vocês vão ver!


Julie era uma menina prodígio na Inglaterra – aos 12 anos cantava ópera com sua voz excepcional de quatro oitavas. Cantou até para a família real! 

Aos 19 anos ela viajou sozinha para os Estados Unidos para estrelar o musical “The Boyfriend” em 1954. Foi um enorme sucesso.

Ela teve muita sorte de não assinar um contrato de dois anos, e sim de um ano porque estava com muita saudade da família na Inglaterra.


Isso tornou possível de ele ser a estrela de “My Fair Lady” ("Minha Bela Dama") aos 20 anos e tornar-se a grande sensação da Broadway. 

Julie fez o papel de Eliza Doolittle por dois anos na Broadway e um ano e meio em Londres. 

O sucesso de Julie foi tão gigantesco que o álbum de “My Fair Lady” foi o segundo mais vendido na década de 50 e Julie foi até convidada para apresentar o OSCAR de filme estrangeiro. Ela acabou entregando o prêmio a Federico Fellini, por "8 1/2". Definitivamente um encontro escrito nas estrelas!


Quando a Warner finalmente comprou os direitos filmar  “My Fair Lady”, todos os principais nomes do musical foram convidados,  exceto Julie Andrews. Julie ficou arrasada, mas compreendeu a desculpa de Jack Warner, que não poderia entregar um filme tão caro a uma novata estreante. 

Só que a convidada para o filme, a grande estrela da época, Audrey Hepburn, nem era cantora, muito menos uma soprano como Julie e teve que ser dublada. Além disso, Audrey já estava com 36 anos, longe da idade da personagem Eliza, de 20 e poucos anos como Julie. 

Os autores de “My Fair Lady”, Alan J. Learner e Frederick Loewe, ficarão tão chateados que decidiram não visitar o set de filmagens. Resolveram trabalhar num novo musical para Julie, “Camelot”, que se tornou outro grande sucesso musical na Broadway.


Numa noite, após a apresentação de “Camelot”, Julie recebeu a notícia que tinha um visitante muito ilustre – ninguém mais ninguém menos que Walt Disney!

Ele rasgou elogios e a convidou para ser a estrela de seu novo filme, “Mary Poppins”, sem testes!

Muito surpresa, Julie falou para Walt que tinha que conversar primeiro com o marido e que esperava um bebê para novembro. 


Walt Disney deu uma risadinha e lhe respondeu: “Eu espero por você. Vai valer a pena”. 

E valeu. “Mary Poppins” arrebentou nas bilheterias de 1964. Julie teve uma estreia espetacular no cinema. O filme foi nº 1 de bilheteria, à frente de “My Fair Lady”! Mais ainda: Julie foi indicada ao OSCAR, Globo de Ouro, Bafta e Grammy e ganhou odos os prêmios! Audrey nem indicada foi. 

Ao receber o Globo de Ouro, Julie disparou: “Meu primeiro agradecimento é a Walt Disney, claro, e depois, a um homem que fez um filme maravilhoso e tornou tudo isso possível – Jack Warner”! E arrancou risadas de todo mundo, inclusive de Jack.

Ela teve inúmeros sucessos na carreira: "A Noviça Rebelde", "Vitor ou Vitória?", "O Diário da Princesa".

Por isso, a estreia de Julie Andrews no cinema é como a história de Cinderella. 

Julie é Mary Poppins, e a Cinderella.

Jack Warner é a madrasta má.

Walt Disney é a fada madrinha.

E o OSCAR é o príncipe!

Em resumo: Julie é supercalifragelisticexpialidocious! 

Ficamos com esse final feliz por hoje. 

Até a próxima, gente!


Postar um comentário

0 Comentários