Em 31 de julho de 2004, estreou uma série de animação que marcou toda uma geração: Liga da Justiça Sem Limites. Continuação direta de Liga da Justiça, iniciada em 2001 e que teve duas temporadas, Sem Limites mantinha a mesma equipe espetacular da anterior, liderada por por Bruce Timm e Alan Burnett, e expandiu série expandiu o universo dos heróis da DC, introduzindo novos personagens, aprofundando relacionamentos e explorando temas maduros que ressoavam tanto em jovens e adultos. O cenário de uma Terra constantemente ameaçada por forças malignas nunca foi tão vibrante e recheado de complexidade emocional.
A animação presenteia o público com uma riqueza de personagens que vão além dos protagonistas tradicionais, incorporando heróis menos conhecidos e construindo um universo coeso e diversificado. Desde a luta contra ameaças cósmicas até batalhas internas de poder e moralidade, cada episódio trouxe à tona uma nova camada da complexidade do heroísmo. Foram 39 ao todo, divididos em três temporadas. Nos Estados Unidos, foi exibida originalmente pelo Cartoon Network e, no Brasil, pelo SBT na tevê aberta e pelo Cartoon na tevê a cabo.
Personagens como Arqueiro Verde, Canário Negro, Supergirl e Capitão Átomo foram acrescentados ao elenco principal. Assim, a dinâmica da equipe trazia novas nuances. Arcos como "Guerra Mundial" foram adaptados das página dos gibis e abordavam corrupção, responsabilidade e sacrifício. A ascensão e queda de um governo totalitário e a crise interdimensional foram tratados com um senso de gravidade que poucos programas animados ousaram abordar.
Em "Epilogo", vemos o legado da Liga da Justiça no futuro, e "Divididos Caímos” explora a união dos heróis em face de uma ameaça aparentemente insuperável.
"Iniciação" introduziu novos membros e preparou o terreno para as complexas tramas seguintes. "A Presa" destacou a vulnerabilidade do Batman ao enfrentar a infecção alienígena do Caçador de Marte. "Para o Homem que Tem Tudo" adaptou a famosa história dos quadrinhos em que Superman enfrenta um parasita alienígena que o aprisiona em um mundo de sonhos. Em "O Cataclisma da Terra-X", houve uma clara referência aos universos paralelos dos quadrinhos, e "A Saga do Tornado Vermelho" explorou o drama existencial do androide.
A dublagem original trouxe vozes conhecidas: o saudoso Kevin Conroy (Batman), George Newbern (Superman) e Susan Eisenberg (Mulher-Maravilha). No Brasil, os personagens foram dublados respectivamente pelos conhecidos Márcio Seixas, Guilherme Briggs e Cláudia Martins como Mulher-Maravilha.
A série manteve o estilo visual fluído e um design de personagens que capturava a essência dos quadrinhos. E a trilha da abertura gera lágrimas até hoje em quem foi criança ou jovem (bom, eu tinha 24 anos à época) naqueles anos.
Ao relembrar esses
20 anos, é impossível não sentir uma onda de nostalgia por um tempo em que os
heróis da DC mostraram que, apesar das adversidades e dos desafios, a justiça
sempre encontrará um caminho. Liga da Justiça Sem Limites foi um fenômeno
cultural que marcou uma geração e estabeleceu novos padrões para o gênero.
Tempos em que a DC acertava nos desenhos animados.
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