O Regime (2024), minissérie com Kate Winslet no Max













Algumas atrizes têm o poder de fazer eu parar e assistir a um projeto em que estão envolvidas, independente do que se trate. Viola Davis e Kate Winslet são duas dessas. Mesmo quando Kate Winslet participou da saga Divergente, longe de ser uma obra-prima, eu a acompanhei. Agora, ela brilha na minissérie O Regime, disponível no Max. E não, o título não se refere a uma dieta alimentar, mas sim a uma chanceler hipocondríaca e neurótica que governa com mão de ferro um pequeno país da Europa Central. Ela vive em um palácio de maneira opulenta, enquanto a população enfrenta dificuldades e manifesta o descontentamento contra o governo.

Composta por seis episódios, a série marca o reencontro entre o diretor Stephen Frears e o compositor Alexandre Desplat, a dupla de A Rainha e outros trabalhos. 


O Regime transita entre a sátira e o absurdo, criticando a política externa exploratória dos Estados Unidos e a forma como governantes de nações pequenas, que se dizem independentes, acabam se sujeitando ao poder do Tio Sam e pensam no próprio poder ao invés do povo. A trama é repleta de momentos surreais que podem causar desconforto em alguns espectadores, mas eu adorei. 

Kate Winslet, mais uma vez, tem performance excepcional depois da excelente minissérie Mare of Easttown (2021, Max). Sua atuação, com a boca torta, traz um sotaque peculiar que lembra o Mr. Deltoid (Aubrey Morris) de Laranja Mecânica, conhecido por falar terminando sempre com "yes, yes", misturado com a Mulher-Gato interpretada por Lee Meriwether no filme Batman: O Homem-Morcego (1966).


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