Lembra do Cine Privé? O Segredo Por Trás da Sessão Erótica que Fez História nas Madrugadas da TV Brasileira!


Ah, o Dia do Sexo! Nada melhor do que aproveitar essa data para relembrar um clássico das madrugadas brasileiras que deixou muitos adolescentes suando frio... e quente! Estou falando do inconfundível Cine Privé, a sessão de filmes eróticos da Rede Bandeirantes que fazia a molecada viver perigosamente, tanto pelo medo do flagra da mãe ou da avó entrando no quarto quanto por outros motivos mais, digamos, **manuais**.

Exibida nas madrugadas de sábado para domingo, o Cine Privé tinha aquele ar de mistério, uma espécie de escola de educação sexual informal para muitos que ainda estavam desbravando as águas turbulentas da puberdade. Era o horário em que a televisão ganhava tons vermelhos e o controle remoto ficava colado na mão – pronto para trocar de canal a qualquer sinal de passos no corredor. O dilema era claro: correr o risco de ser pego ou abandonar o navio antes que alguém acordasse para tomar água no meio da noite?


Cine Privé apresentava ao público uma seleção de filmes eróticos do gênero softcore, ou seja, aqueles que insinuam bastante, mostram uma boa dose de pele, mas nunca vão além das simulações. Nada de sexo explícito – para a decepção de muitos que ficavam na expectativa de que *aquela* cena iria finalmente acontecer. Era uma espécie de exercício de imaginação que, convenhamos, nunca fez mal a ninguém.

Pra quem era fã, a sessão começou com o nome Sexta Sexy lá no longínquo ano de 1993, quando o mundo ainda vivia na era da inocência pré-internet. Mas foi em 1995 que ela assumiu o nome Cine Privé, se tornando uma das maiores audiências da Band no horário. Sim, você leu certo: por um bom tempo, Cine Privé esteve entre os cinco programas mais assistidos da emissora. E estamos falando de uma época em que a televisão aberta competia com novelas, programas de auditório e até o futebol! O segredo do sucesso? Além de instigar a curiosidade de adolescentes e adultos, não podemos esquecer que o acesso a conteúdo erótico naqueles tempos era tão complicado quanto usar um telefone público sem ficha. Internet discada? Só quem viveu sabe.


Entre os clássicos do Cine Privé, temos os inesquecíveis títulos que moldaram uma geração de... curiosos. Quem nunca ouviu falar de Emmanuelle, a rainha das reprises, ou das aventuras mais ousadas de Justine? E o que dizer de The Click, que foi responsável por tantos "cliques" no botão de volume da TV para abaixar o som quando a coisa começava a esquentar? Era praticamente um esporte olímpico tentar equilibrar a excitação do filme com o medo de ser pego.

Além disso, o Cine Privé tinha a incrível habilidade de transformar a madrugada em um verdadeiro campo de batalha entre o sono e a tentação. Você jurava que ia dormir cedo, mas a Band começava a exibir aquela vinheta... o que mais restava a fazer além de resistir ao cansaço e ficar acordado até às 3 da manhã? Era uma experiência compartilhada por muitos, como um rito de passagem.


Com o tempo, no entanto, Cine Privé começou a perder o fôlego. A internet se popularizou, os filmes online se tornaram mais acessíveis e gratuitos, e, claro, o avanço tecnológico foi implacável com a velha TV aberta. O Cine Privé ainda resistiu bravamente por um tempo, mas o reinado das madrugadas acabou chegando ao fim. No entanto, para muitos, a sessão continuará sendo lembrada como aquele momento mágico em que a Band se tornava a janela para um mundo proibido – e, convenhamos, muito mais emocionante por causa disso.

Então, nesse Dia do Sexo, deixemos aqui um brinde ao Cine Privé! Que saudade da adrenalina de trocar de canal rapidamente ao ouvir o som suspeito de passos no corredor.

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